Especialistas em
educação defendem que redes de ensino precisam planejar o novo ano letivo
Em situações de calamidade pública e emergências, como pandemias – a exemplo da
causada pela Covid-19 –, o poder público, em especial os governos municipais,
precisam continuar garantindo o direito à educação de todas as crianças e
adolescentes. O déficit de aprendizagem gerado pela falta de planejamento das
redes de ensino durante o ano de 2020 precisa ser corrigido com urgência.
Especialistas em educação defendem a necessidade de os municípios acelerarem os
processos de preparação para a volta às aulas em Pernambuco, marcada para
acontecer no dia 4 de fevereiro.
Consultor em gestão de projetos da editora Mundo Educacional
e especialista em psicopedagogia institucional, Rubenildo Moura, que tem
experiência como consultor da Unesco, Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud) e Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), observa
que os gestores municipais estão enfrentando o dilema de como iniciar o ano
letivo de 2021 e corrigir as lacunas geradas no ano passado, uma vez que muitos
municípios tiveram dificuldade de implementar o ensino remoto. “Esse desafio
pode ser minimizado quando ações são planejadas para evidenciar em que nível o
ensino ficou comprometido. A realização de uma avaliação diagnóstica, que possa
mensurar o nível de aprendizagem, seria a solução”, afirma.
O educador enfatiza que os municípios não podem continuar a
fazer um “voo cego” para o ano letivo de 2021. “A avaliação diagnóstica permite
que os gestores municipais possam planejar ações e oferecer ao estudante um
ensino personalizado. Com isso, é possível trabalhar as dificuldades de
aprendizagem sentidas no ano anterior para, assim, iniciar o currículo deste
ano que se inicia, focado na aprendizagem que possibilite que os estudantes
desenvolvam suas competências num nível mais alto de proficiência”, pontua
A consultora pedagógica da Mundo Educacional e mestra em educação pela
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e pela Fundação Joaquim Nabuco
(Fundaj), Michely Almeida, destaca que compreender como os estudantes
enfrentaram 2020 é o primeiro passo para encarar 2021. “Cada município, em sua
individualidade, tomou medidas interventivas no ano passado para sanar as
dificuldades que se apresentaram. Agora, é o momento de fazer um raio-x para
saber até onde essas intervenções geraram frutos”, defende.
Uma instrução normativa – a número 010, de 2020 – publicada pelo governo do
estado no Diário Oficial de 12 de
dezembro do ano passado orienta sobre as diretrizes e procedimentos acerca dos
processos avaliativos no biênio letivo 2020/2021, tendo em vista o contexto da
pandemia da Covid-19. “A necessidade de os municípios organizarem seus
calendários escolares foi evidenciada por essa instrução normativa, fazendo a
correção no déficit de aprendizagem dos estudantes ocorrida no ano passado,
para então iniciar o desenvolvimento dos conteúdos curriculares definidos para
2021”, esclarece Rubenildo Moura.
Solução
Para apoiar os municípios neste desafio, a Mundo Educacional
desenvolveu uma tecnologia que oferece todos os elementos capazes de apoiar os
gestores a realizar o planejamento do novo ano letivo, como a elaboração de
itens de provas de avaliação personalizadas para o município; a impressão das
avaliações; a logística de entrega no município; a coleta das folhas-resposta,
além do processamento e análise dos resultados. “À gestão municipal, é entregue
um relatório que pode ser visualizado em uma plataforma online ou em meio
físico. Nesse relatório, é apontado o resultado da rede como um todo, das
escolas, das turmas e do aluno individualmente”, explica Rubenildo Moura.
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